sábado, 20 de julho de 2013

Suicide solution

Tudo começou de maneira usual, o especial não faz o nosso estilo, afinal somos cômicos, nada heróicos, não somos exemplos, talvez sejamos os exemplos a não serem seguidos, ou não, porque, de certa forma isso nos tornaria especiais, coisa que não somos. Enfim o plano era o mesmo de sempre, beber alguma coisa alcoólica, que é socialmente bem aceito, não que realmente nos importemos com isso, mas assim não temos que dar satisfações para ninguém o que é bem menos trabalhoso e mais fácil. Chegando no supermercado o começo de toda a viagem noite a dentro, é ali que decidimos o quão perdidos ficaremos, e dessa vez ninguém quis o tão apreciado uísque, clamavam por cerveja, então cerveja será. A sugestão inicial era: muito da mais barata, muito é relativo. Números, dez litros? Depois de uma confabulação rápida, notou-se o exagero, então levamos apenas seis litros de cerveja e um vinho o que é estranho, tendo em vista que estaríamos entre cinco homens e é de conhecimento geral da nação que vinhos são muito bons com menininhas, mas fizeram questão então levamos. 
Chegando no novo ponto de encontro da galera ficamos sabendo da baixa que sofríamos nessa fria noite de julho. Nosso amigo, frequentador do círculo mais intimo de nossa amizade, frequentava regularmente nossa casa, companheiro de antigas jornadas e peregrinações noturnas, aquele que nos era muito querido agora não seria mais o mesmo. A motivação dele, porque fizera isso? Era tão novo, tão repentino, era muito difícil aceitar. 
Depois saber das notícias nos entristecemos, não sabíamos como proceder naquela situação, nosso luto. Um golpe dessa magnitude é traumático, e o pior de tudo é fora espontâneo, ele fizera isso.  No meio de nossa desolação chega o último dos piratas, com sua sabedoria que vem do berço e uma dúzia de sua própria cerveja, produção própria, ele deve saber das coisas.
Ouviu então a notícia e propôs aquilo que foi a melhor ideia na hora. Beber toda a cerveja em respeito ao nosso antigo amigo, e foi exatamente o que fizemos, tínhamos um balde enorme de cerveja pra cada um, e um quinto balde, em memória daquele pirata imundo. Antes de começar os trabalhos honramos nosso amigo que tinha acabado de entregar o símbolo da sua própria hombridade para a sua namorada, ele o fizera sem remorso, retirou seu pinto e o entregou numa bandeja cheia de ornamentos e flores para a sua donzela. 

Então exclamamos "Ao Sr. F!"