segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sem razão, nem sentido

Pra que razão quando se é louco?
E a parte mais legal de ser louco,
é que toda a loucura que se é feita
é sempre justificada pela própria loucura.

Temas tão recorrentes que todos querem evitar;
Loucura, tristeza, solidão...
As pessoas normais não gostam de pensar nessas coisas
o porque eu não sei
e tem coisa mais normal
do que ser um pobre fudido maluco triste e sozinho?

A melancolia é linda quando se sabe apreciar.
A loucura pode ser genial
A solidão é introspectiva
É na pobreza que se dá valor as coisas
E é quando se está fudido é que se vê como a vida é bela

Então Seu Garçom, me trás uma dose de tudo isso,
mas por favor, não me traga a amargura!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Oncinha pintada, zebrinha listrada e coelhinho pedudo, Vão se Fuder!

Deve sim haver um jeito mais fácil de se matar; mas escolhemos aquele mesmo, uma garrafa de um Whisky relativamente bom, na minha opinião o melhor que já tomamos, e no princípio umas cervejas, duas latinhas para todos, três para aqueles que lavaram a louça toda. Eles mereceram. Umas carteiras de cigarros, e cada um com o seu charuto, um Don Porfírio, recomendado por um amigo que até entende do assunto.
Bom, depois do Whisky começamos a beber as cervejas, depois das 2 cervejas já estávamos no alto, quase sem ver a casinha, Mas é claro que as merdas tendem a acontecer depois dai, e sim, aconteceram. Alguém sugeriu mais cervejas, porque é claro que não tínhamos ficado tão bêbados assim. E lá vai, mais uma garrafa de Norteña, puta que cerveja boa, para cada um, e antes compramos uma mini garrafinha de Antártica, puta que cerveja ruim! E partimos todos falando alto, para quem quisesse ouvir ou para quem quisesse dormir, nossas besteiras mais sórdidas, asneiras, coisas inúteis, sempre bem vindas. Fomos todos para o inferno! Opa, era só a encruzilhada do inferno, e estava bem simpática na verdade, de infernal só aquela boa gorfada. Duas no total, e o cheiro, puta merda melhor nem comentar, melhor voltar donde viemos, sim do posto, temos que comprar pelo menos a saideira porra!
Se não me engano, foi uma Brahma, um litro pra cada, e confesso que não sentia mais o gosto da cerveja, acho que na verdade ninguém mais sentia. Sentamos na varanda, violão na mão, putz! Agora sim, falamos merda, fico até com pena dos pobres coitados que ouviram tudo aquilo que falamos, merda em forma de música, de blues, um blues muito malcriado para ser repetido, e mesmo se tentássemos repeti-lo, jamais lembraríamos das bobagens citadas, só lembraríamos da pegação de pé, pobre menina que foi citada, no conforto de sua casa mau sabia ela do que estava se falando naquela varanda, estava sendo falado dela e suas intimidades, quanta baixaria....
Mas a baixaria estava por seu fim, logo não resistiríamos e acabaríamos dormindo, não antes de agarrar a privada e jogar pra fora tudo aquilo que estava nos fazendo mal, e a privada tentava escapar e tudo! E quando a vontade de vomitar escapava, o que fazer? Já sei deitar do lado da privada! Genial
De manhã eram cinco corpos abatidos, suicídio, existem sim outras formas, provavelmente, uma mais eficaz que a outra. Mas essa foi histórica, outras talvez virão, regada talvez até com mais bebidas e mais cigarros, mais asneiras e como bons piratas ficaremos mais bêbados da próxima vez, tendendo sempre ao infinito!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Última quinta

E vá a merda, isso mesmo, vá a merda!
Você sempre com esse sorriso vagabundo entre os dentes,
com essa conversa fiada que nunca chega a lugar algum.
É sim, tenho mudado, tenho cara de doido,
pois sou doido, não tenho só cara de doido.
Sou doido mesmo, doido varrido,
sou perigoso, me esqueça,
não atenda mais minhas ligações
e fuja.
Corra como nunca correu antes sua doce, meiga, sorridente puta.
É você não está mais tão presente assim nos meus pensamentos.
Até que fim, já não era sem tempo!
Mas ainda sou um maluco!
E se esqueça de mim,
mas não se esqueça que eu fui o teu maior amor.
O teu maior amor que não amastes.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Sol não se esquece de não nascer,
os pássaros continuam a cantar.
E a vida continua.