sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sem Nexo

Mundo cão,
mundo filho da puta,
e quando falo do mundo, eu falo das pessoas!
Pessoas do cão,
Pessoas filhas-da-puta!

A poesia, só é bela aos olhos do poeta que a faz,
a música é bela aos ouvidos daqueles que a esperaram,

A vida segue, sem aparente sentido,
é necessário devoção as coisas do espírito,

Palavras ao vento
vontade de viver,

Aonde está você em meio a tempestade?

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O fantasma do meu sonho

O fantasma do meu sonho surgiu em algum dia no meio de uma infância bem vivida.
Na transição de um dos mundos dos quais, ele se perdeu, voltou, forte como um dia quente. Na vida que não passava de uma promessa.
Questionamentos.
E se nada daquilo que esperamos for mesmo o que esperamos? Não há muito tempo.
Agora que estamos aqui, qual é a pergunta certa? Como seguir em frente? Porque ela se faz enigma do meu sonho?
São só perguntas. A vida é dor.
As montanhas são altas e difíceis de trilhar. O sofrimento, sabe-se lá porque, é companheira fiel de caminhadas a largos passos. Muita letra, muita palavra.
A alma tem de ser o espelho da própria alma.
A escuridão não é um lugar assustador e o inferno não é um lugar quente. Muito pelo contrário.
Certezas edificantes são o mal do homem. É necessário uma rachadura, é necessário quebrar o concreto, é necessária a morte.
É necessário que lembremos sempre quem somos e para onde vamos.
Não somos nada.
Somo tubos.
O céu hoje não é o mesmo de ontem, nunca será.
Em mim algo mudou, lá fora o vento sopra. Aqui dentro já não mais se sabe o que acontece.
Pois que este é o meu caminho, o meu destino, a morte e a regeneração.
Viver mais do que necessário, é inevitável...


terça-feira, 26 de junho de 2012

O verdadeiros Piratas não morrem, apenas descansam no Porto...

Eu sou essa coisa que existe mais ou menos entre a metade de todas as coisas.
Ser o 8 ou o 80 é um questionamento que verdadeiramente importa.
Sabe-se lá o sentido da vida, mas se ele realmente for descoberto quem será a pessoa que o seguira a risca, com a fé nos dias melhores que virão?
Sabe-se lá o que nos aguarda num outro lado das coisas que simplesmente são neste momento. Se lá existir algo, então a vida não é questão efêmera como muitos dizem que é. Mas se estiver algo do outro lado, o que será de mim agora, pirata sujo e podre que viveu a margem de um desejo?
Se os piratas morreram, só morreram na grossura do invólucro que antes os mantinham vivo, pois de alguma forma estão vivos na memória daqueles que souberem viver o momento enquanto ele existia.
"The good old days are the good old days!" disse-me o maluco com cigarro na boca, certa vez. Palavras sábias a do maluco no alto de uma sabedoria que nem ele sabia que tinha, mas eu sim.
Talvez não exista muito coerência na minha letra, pois aquele que não conhece o meu mundo não deverá mesmo entender tudo que aqui é dito. Temporariamente, as letras são belas sim e fazem sentido aqui. Mas o sentido é tudo que procuramos e mesmo assim é tudo que não achamos. Tal questão me leva a questionar ainda mais se não estamos fadados a não ter sentido algum, Sartre estava certo então?
Elucubrações, tagarelagem, fala sem sentido e sem rumo, estamos condenados a falar.
Vazio e falta, eis que é a nossa condição, desejar, procurar aquilo que nos completa. Terrível escolha, perigosa também, pois que se um dia estiver completo, aí então, estarei morto, pois eis que morremos, nós os piratas, pois estávamos completos. A completude de toda nossa falta de rumo, pois nos identificamos com o que hoje nós somos, e completos não podemos SER, por isso morremos, os piratas estão mortos, mas vivos no buraco de tudo aquilo que um dia foi e não poderá mais ser, mas que será outra coisa, talvez melhor...





sexta-feira, 15 de junho de 2012

Os piratas estão mortos!

Num tempo bastante remoto quando quaisquer motivos eram justificaveis para encher a cara e falar besteiras entre amigos, quando não haviam desculpas perdoaveis para recusar um trago, podia ser cerveja ou uisque, uisque nas noites frias era a preferencia, ele acalorava as mentes que se sintonizavam e o resultado era apenas besteiras sem escrupulos. Poemas, contos, histórias inventadas, universo paralelo já foram escritos para que as aventuras deles não fossem apenas viva na memória daqueles que participaram, essas histórias estão num lugar que é fácil de achar, se souber onde procurar. Para que os aventureiros se congrasassem de tal forma não foi necessário muito, um simples ódio em comum foi a desculpa, mas antes disso já havia uma pre-disposição para que uma amizade forte se concretizasse, o ódio foi, digamos assim, um catalizador para que todos se identificassem com a causa.
No começo tudo que era feito foi pensado para a regulamentação do grupo de amigos, uma denominação, código de ética, honra, juramento, toques de reconhecimento, palavras de ordem, e no fim o que sobrou mesmo foram as regras que são bem claras. O questionário pelo que eu me lembro era rápido, simples e eficaz para lembrar que não faremos história, não com vocês.
As histórias no começo eram sobre cada um dos piratas, cada um contando uma história, cada um isolado do outro, logo mais as histórias passaram a ser contadas em grupo, quase que num coro ou então montadas como um quebra cabeças, porque com o teor alcoolico dos envolvidos a história tinha que ser contada por partes, cada um se lembrava de alguma coisa e juntando todos os fragmentos de história quem sabe desse um conto de verdade, o que realmente aconteceu, oras nunca saberemos.
Odisseias poderiam ser escritas pela vivencia dos jovens piratas, com ou sem ajuda dos deuses, com ou sem mulheres, com viagens quilométricas ou até mesmo aquelas que eles ficavam em casa, renderiam muitos livros, ou não (talvez ninguém quisessem escreve-los), mas eles estavam juntos e prontos para o que desse e o que viessse, sem desculpas, sem poréns...
Alguém por ai me disse que num breve discurso, a verdade mensagem vinha apenas depois do "mas", então, MAS tudo isso parece que foi perdido, a promessa desfeita, a amizade que antes fora o que os mantiveram de pé, agora é apenas uma memória triste, pois virou passado...
Together we stand divided we fall