Parece que eu já sabia de tudo que ele me respondeu, mas ele ainda me encara; fico irritado. Porque me olhas? Maldito sejas, quem pensas que és? porque fica me analisando, ei, Não és psicólogo e não tens esse direito. Vá cuidar da sua vida seu metido! Seu metido a besta!
Mas ele fica impassível e continua a me encarar, num estalo percebo que aquele que me encara é o Meu próprio reflexo no espelho. Poxa vida! Como que eu não pude notar; são as mesmas perguntas, mesmos conflitos. O tempo passou e essas perguntas ainda são freqüentes. Será que sou louco, de não gostar do que vejo no espelho? Mas tenho uma maneira de evitar aquele olhar que tanto me incomoda. Quebro a porcaria do espelho, não gostava do cara que lá refletia. Mas ele ainda está lá, me encarando e mesmo se eu der as costas ele vai continuar lá, vamos continuar nos encarando, até pelo menos, o resto da minha vida. E eu sou o único responsável por mudar aquele reflexo. Com o tempo devo aprender a conversar com ele, ou me acostumar com aquele imbecil me olhando.